Prêmio Nobel da Paz concedido à líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado

O Comité Norueguês do Nobel anunciou que o Prémio Nobel da Paz de 2025 será atribuído a Maria Corina Machado pelos seus esforços para promover os direitos democráticos na Venezuela e pela sua luta por uma transição pacífica da ditadura para a democracia.
Machado, uma importante figura da oposição na Venezuela, está há muito tempo na vanguarda do movimento pró-democracia do país, defendendo eleições livres, os direitos humanos e o Estado de direito no meio de anos de turbulência política e económica sob um regime autoritário.
O comité afirmou num comunicado que Machado foi escolhido “pelo seu trabalho incansável em apoio aos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para garantir uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
O anúncio surge após especulações generalizadas sobre o prémio deste ano, que é considerado prestigioso e imprevisível.
Embora nomes como o do presidente dos EUA, Donald Trump, tenham sido mencionados – em parte devido à sua autopromoção e envolvimento em vários esforços de política externa – observadores de longa data do Nobel dizem que as suas hipóteses continuam escassas, informou a agência de notícias AP.
Outros candidatos mencionados pelo Peace Research Institute Oslo (PRIO) incluem as Salas de Resposta de Emergência do Sudão, uma rede humanitária de base; o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) e o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo seu trabalho em apoio ao direito internacional; e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que defende a liberdade de imprensa e monitora as mortes de jornalistas em todo o mundo.
O Prémio Nobel da Paz é apenas um dos seis prémios anuais apresentados em Oslo, sendo os restantes (medicina e fisiologia, física, química, literatura e economia) atribuídos em Estocolmo, na Suécia.
Os vencedores dos prêmios deste ano nas áreas de medicina, física, química e literatura foram anunciados no início desta semana. O prêmio de economia será anunciado na segunda-feira.
No ano passado, o prémio foi para Nihon Hidankyo, uma organização japonesa de base de sobreviventes da bomba atómica, homenageada pelos seus esforços de décadas para defender um tabu global contra as armas nucleares.
A escolha de Machado para o prémio de 2025 reforça o foco do Comité Nobel em indivíduos e organizações que promovam a paz, a justiça e a dignidade humana através de esforços silenciosos, sustentados e corajosos, muitas vezes contra forças poderosas.
(com entradas AP)